Dezenas de pessoas morreram e centenas ficaram feridas em distúrbios ocorridos nesta quarta-feira na cidade de Port Said (nordeste do Egito) após torcedores invadirem o gramado durante a partida entre Al Masry e Al Ahly válida pelo Campeonato Egípcio.
O secretário-geral do Ministério da Saúde egípcio, Hisham Shiha, anunciou à televisão estatal que há pelo menos 25 corpos no hospital da cidade, vítimas dos confrontos eclodidos após o confronto que terminou com a vitória do Al Masry por 3 a 1. No entanto, após o anúncio, emissoras locais e agências de notícias deram conta de que esse número já poderia ter aumentado para mais de 70.
- Temos 11 mortes computadas no meu hospital. Dois outros hospitais disseram terr têm 25 mortos. Outros três torcedores faleceram no estádio. Alguns morreram pisoteados e outros sufocados – disse Medhat El-Esnawy, diretor do hospital El-Amiry, em Port Said, em declarações publicadas pelo portal egípcio "Ahram Online” .
A invasão começou logo após o apito final. Empolgados com a vitória de virada sobre o atual campeão nacional,que ainda não havia sido derrotado na temporada, torcedores do Masry, que já haviam paralisado a partida no meio do segundo tempo por conta de fogos de artifício lançados após a comemoração de um dos gols (foto ao lado), invadiram o gramado e exageraram na dose ao agredirem jogadores e comissão técnica do Al Ahly.
- Todos jogadores foram brutalmente agredidos. Ficamos presos no vestiário e o nosso técnico não está conosco agora – disse o lateral-direito Ahmed Fathi em entrevista por telefone ao portal local “Ahram Online”.
Com os jogadores refugiados, os torcedores do Al Masry partiram em direção aos fãs do Al Ahly, que eram visitantes e a confusão piorou.
Um torcedor morreu na minha frente’
- Pessoas morreram e estamos vendo corpos agora. Um torcedor morreu no vestiário na minha frente – disse o meia Mohamed Abou-Treika, aos gritos, durante entrevista à emissora oficial do Al Ahly.
O meia-atacante Mohamed Barakat reclamou da passividade dos policiais diante do caos.
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